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Curiosidades da Baratos

A Baratos Afins foi fundada por Luiz Calanca, no centro de São Paulo, em 1978. Com uma trajetória de mais de 40 anos, a loja continua no mesmo lugar, divulgando música de qualidade para o mundo todo.

No local, o próprio Calanca costuma atender gringos atrás de brasilidades e até artistas famosos, durante visitas turísticas e turnês pelo País. Além disso, o lugar virou um ponto de encontro de clientes que cresceram frequentando a 'Baratos' e agora levam os filhos para conhecer o 'paraíso musical'.

Atualmente, um acervo tão extenso quanto variado é um dos grandes atrativos da loja física e online. São milhares de CDs, DVDs e LPs para todos os gêneros e idades. Em pesquisas no site ou presenciais, o cliente pode se deparar com vinis novos ou usados em excelente estado de conservação. E uma dica importante. Entre os tesouros guardados no estoque, estão LPs de época que nunca foram tocados.
 
Curiosidades da Baratos:

 
Gravadora

Conhecida como a 'pioneira dos independentes', a loja de discos também se transformou em selo musical no decorrer da história, passando a gravar diversos artistas importantes. 

A ideia do selo surgiu com a gravação do segundo disco solo de Arnaldo Baptista (ex-Mutantes). Singin' Alone foi lançado em 1981, de forma independente pela 'Baratos'. A parceria histórica com Arnaldo ainda rendeu o registro do álbum Disco Voador, de 1987.

 
Voz pro underground

Depois de trabalhar com o eterno mutante, a gravadora abriu espaço para o underground paulistano, que estava bombando naquele momento. Entre os artistas do selo, estavam Fellini, Kafka, Vultos, Akira S. e as Garotas que Erraram, Voluntários da Pátria, Gueto, Smack, 3 Hombres e Mercenárias.

Um dos melhores exemplos da cena musical da época foi a compilação Não São Paulo, que mostrou quatro novos nomes da safra alternativa da metade dos anos 80. Akira S & As Garotas Que Erraram, Muzak, Chance e Ness traduziram o pós-punk gringo para a juventude brasileira. A coletânea foi tão bem recebida, que gerou um segundo volume.

 
Metal & Punk

O heavy metal, outro gênero que fazia sucesso no Brasil nos anos 80, também ganhou a chance de ser divulgado e 'traduzido' via 'Baratos'. Com headbangers cantando no próprio idioma do País, as compilações SP Metal I e II registraram bandas pesadas como Korzus, Salário Mínimo, Centúrias, Santuário e Vírus. Além disso, o selo também investiu em LPs individuais de títulos de hard rock e metal nacionais. Foi um sucesso. O Golpe de Estado, A Chave do Sol, Harppia e Patrulha do Espaço estão entre os grupos pesados mais celebrados dessa época. 

Além do metal, Calanca também produziu um clássico do punk/hardcore. O disco Descanse em Paz, dos Ratos de Porão é considerado inovador. Porém, na época, o trabalho gerou polêmica entre o público mais radical. Em 1986, foi desafiador registrar uma tradicional banda punk fazendo o chamado crossover — mistura entre metal e hardcore.

 
Mutantes forever

Mesmo com novos artistas surgindo a todo instante, Calanca nunca esqueceu seus ídolos. Na metade dos anos 80, a gravadora iniciou uma campanha para relançar os discos dos Mutantes, que estavam esquecidos pela indústria fonográfica. Com LPs fora de catálogo, o que restava do grupo era explorado a preços exorbitantes entre colecionadores. Após muita burocracia, a loja finalmente conseguiu colocar no mercado um novo lote da discografia dos Mutantes. Assim, parte do público mais jovem descobriu uma das bandas mais importantes da música mundial. E, anos depois, Kurt Cobain e Sean Lennon (filho do eterno Beatle John) viraram fãs incondicionais dos brasileiros.

No embalo dos Mutantes, a 'Baratos' também relançou álbuns esgotados de Tom Zé e investiu em outros artistas de vanguarda, como Walter Franco, Itamar Assumpção, Jorge Mautner e Bocato.

 
A chegada do CD

Na década de 90, a Baratos Afins começou a relançar lentamente seus LPs no formato CD, alcançando assim um novo público dentro e fora do País.

Fiel ao underground, Calanca continuou produzindo novos artistas. E, já no começo de 2000, compilações como a celebrada Brazilian Pebbles, mostraram que o Brasil também tinha uma ótima cena de rock de garagem. Alguns grupos da série ainda lançaram seus próprios CDs, como foi o caso dos Skywalkers, Mákina du Tempo, Pipodélica e Gasolines.

Na mesma época, uma das grandes descobertas do selo foi o Mopho. Em seu disco homônimo de estreia, a banda alagoana mergulhou em um som ao mesmo tempo clássico, atual, pop e psicodélico. É um clássico da 'Baratos'.

Artistas históricos, mas esquecidos pela mídia e mercado, tiveram novamente lugar no selo. Lanny Gordin, lenda da guitarra dos anos 70, finalmente gravou trabalhos solo editados pela loja. Os CDs Projeto Alfa volume I e II trazem registros históricos e emocionantes, captados de forma natural por Calanca.

 
A volta do vinil

Vale ressaltar que, em nenhum momento, Luiz Calanca se afastou do mercado de vinil durante o reinado dos CDs. Muito pelo contrário. Na época, além de investir no novo formato, ele abasteceu seu estoque com os LPs que estavam sendo descartados. Hoje, os LPs voltaram a moda e Calanca se orgulha de ter feito tal profecia musical.

 
História sem fim

Em mais de 40 anos de atividade, a Baratos Afins sobreviveu a modismos, conceitos e formatos musicais. Driblando crises e pandemias, Luiz Calanca sempre se adaptou ao mercado, sem perder a dignidade e o amor pela cultura. E, no momento, a Baratos Afins continua firme e forte, sempre com a ideia de promover o melhor da música mundial.

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